quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Carreiras: veja os 7 pontos que podem limitar o seu crescimento profissional

Por: Viviam Klanfer Nunes

SÃO PAULO – Ao longo da carreira, diversos elementos devem ser considerados para que o profissional tenha mais chances de ser bem-sucedido. Nessa trajetória, porém, há alguns pontos que simplesmente limitam o sucesso profissional. Você sabe quais são eles?

 
 
A equipe InfoMoney contou com a ajuda do diretor de ações estratégicas da ABRH-BA (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Remulo Farias, e da vice-presidente de capacitação profissional da ABRH-RS, Heloisa Amaral, para elaborar uma lista com os pontos que podem impedir seu crescimento profissional. Confira:

1. Falta de autoconhecimento - Farias explica que, para o profissional ter mais chances de ser bem-sucedido, ele precisa se certificar de que suas competências comportamentais estão de acordo com as habilidades exigidas para trabalhar em determinado ramo.

Existem dois tipos de competências: as técnicas e as comportamentais. As do primeiro tipo são aquelas que podem ser desenvolvidas em cursos, por exemplo. Já as comportamentais estão mais ligadas aos talentos das pessoas. Na prática, se o profissional pensa em trabalhar na área de comunicação, ele tem de ter interesse e facilidade para se relacionar com as pessoas, ou seja, ter essa competência comportamental. Sem o autoconhecimento, não é possível identificar suas competências.

2. Não identificar seus talentos - antes de escolher uma profissão, alguns estudantes costumam testes vocacionais, que indicam se eles têm jeito para ser advogado, engenheiro ou administrador, por exemplo. A questão é que qualquer pessoa pode se adequar a qualquer profissão, pois todas as áreas possuem um leque muito grande de atuação.

Por exemplo, é possível estudar Medicina sem necessariamente ter de trabalhar em hospital; você pode ser um professor ou mesmo um pesquisador. Quem cursa Administração de Empresas pode seguir uma carreira na área financeira, de recursos humanos, marketing e vendas, entre outras.

“Nem todas as pessoas que fizeram Engenharia Civil se darão bem como mestre de obra, eles podem ser professores, podem trabalhar em escritórios desenvolvendo projetos”, diz Farias. O importante é descobrir qual o seu talento e como você vai atuar naquela área. “Não adianta nada contra a corrente”.

3. Sem planejamento pessoal - é preciso saber aonde se quer chegar, mesmo que você tenha de realizar alguns ajustes ao longo da carreira. “É melhor definir um objetivo, mesmo que tenha que ajustá-lo algumas vezes, do que nem saber o que você quer”, lembra Farias.

Em relação ao planejamento pessoal, Farias ainda faz duas considerações. Em primeiro lugar, ele serve para mostrar se você está indo bem, já que é possível traçar um horizonte e fazer comparações. “Quando uma pessoa lhe pergunta como foi seu dia e você responde que foi produtivo, é preciso saber produtivo em relação a quê?”, analisa Farias. Com a carreira é a mesma coisa, ou seja, ela está indo bem em relação ao planejamento que você fez?

Em segundo lugar, Farias comenta que a maioria das pessoas erra, ao separar as diversas esferas da vida. Não se deve pensar em vida profissional, espiritual, familiar e qualidade de vida como elementos separados. “Quando você sai de casa para ir ao trabalho, você não deixa a família, e quando você chega em casa depois do trabalho, você também não deixa sua profissão de lado”. Um bom planejamento pessoal contempla tudo.

4. Competência técnica - para crescer profissionalmente, você precisa assumir cargos cada vez mais estratégicos e, para isso, é preciso desenvolver as competências técnicas, por meio de cursos, de especializações, graduações, pós-graduações, enfim, o que for necessário para assumir o cargo seguinte.

Heloisa explica que um dos grandes fatores que limitam o crescimento profissional é justamente não estar pronto para o cargo seguinte. É preciso analisar o que a posição exige, seja em termos de escolaridade, experiência ou línguas. “Se você não responder aos requisitos mínimos para subir de cargo, você dificilmente vai crescer profissionalmente”, diz Heloisa.

Na prática, se você é um analista e o próximo cargo é coordenador, não adianta ser apenas um bom analista; você precisa ver o que o mercado está exigindo para que você se torne um coordenador e se preparar para isso.

5. Errar ao definir o sucesso - a pergunta é simples: “o que é sucesso para você?”. Farias explica que muitas pessoas erram ao tentar definir o que o sucesso representa para elas, já que na maioria das vezes acreditam que sucesso está relacionado com fama e dinheiro. “Sucesso é estar, a cada instante que você vive, mais próximo do que você queria ser e ter”.

6. Não desenvolver as competências comportamentais - de acordo com Heloisa, a inteligência emocional, que pode e deve ser trabalhada e desenvolvida ao longo da trajetória profissional, pode limitar o crescimento dos indivíduos.

É preciso desenvolver uma visão estratégica, saber lidar com pessoas, administrar conflitos, trabalhar sob pressão. Esses pontos vão ser importantes para profissionais de qualquer área. “Ter uma visão mais sistêmica, mais estratégica, vai ajudá-lo no crescimento”, diz Heloisa.

7. Fraca rede de contatos - o profissional deve estar sempre preocupado com sua rede contatos, o famoso networking. Essa rede pode promover muito o crescimento, principalmente ao oferecer oportunidades.
 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Os desafios da gestão da estratégia empresarial

A existência de processos eficientes na operação das empresas é fator fundamental para o seu sucesso


Por Louremir Jeronimo , www.administradores.com.br

Hoje em dia, diante das diversas necessidades e desafios enfrentados pelos executivos brasileiros, destaca-se a demanda comum por informações que permitam compreender de forma adequada a situação das organizações sobre sua responsabilidade. 
 
Essa necessidade aumenta conforme cresce a pressão por redução de gastos, aumento de produtividade, ganho de participação de mercado, aumento nos lucros e geração de valor para o negócio.

Ao observarmos o comportamento das empresas nas últimas décadas, é evidente o grande investimento realizado em tecnologia e sistemas de informações. No entanto, esse desenvolvimento ocorreu basicamente nas atividades operacionais das organizações, como faturamento, controle de estoque, emissão de notas fiscais, controle de pagamentos etc. A existência de processos eficientes na operação das empresas é fator fundamental para o seu sucesso. Porém, o tipo de informação gerada por esses sistemas não atende de forma adequada às necessidades da alta direção.

Um executivo, para tomar decisões estratégicas, necessita de relatórios disponíveis que forneçam uma visão geral de seu negócio, tal como a distribuição de vendas de seus produtos por região em determinado período, não sendo adequado para esse tipo de gestor analisar uma lista contendo cada uma das notas fiscais emitidas pela empresa em determinado período. Essa seria a diferença básica entre dado e informação.

A dificuldade dos executivos na obtenção de informações aumenta na medida em que as diversas áreas da organização devem ser analisadas em conjunto, necessitando compor os seus relatórios com dados das mais diversas origens (sistemas desenvolvidos internamente, CRM, planilhas eletrônicas, bancos de dados etc.). Quando passamos a analisar as necessidades de informações dos executivos responsáveis por grupos de empresas, muitas vezes atuantes em diversos setores, a geração de relatórios de forma adequada e eficiente se torna tarefa quase impraticável.


A existência de processos eficientes na operação das 
empresas é fator fundamental para o seu sucesso 
(Imagem: Thinkstock)



Felizmente, ao mesmo tempo em que as organizações e as suas relações com o mercado se tornam cada vez mais complexas, a tecnologia da informação também evolui com grande velocidade em todos os aspectos e também para atender as necessidades de informações dos executivos. A solução que melhor atende as demandas descritas e vem sendo cada vez mais utilizada no mundo corporativo é a EPM – Enterprise Performance Management.

EPM é um sistema de gestão estratégica baseado na utilização da tecnologia da informação para atender as necessidades de informações dos executivos, facilitando a formulação das estratégias, permitindo a sua comunicação para todos os níveis gerenciais responsáveis pela sua execução e tornando possível o seu controle.

Para entender melhor o conceito de EPM, existem três pilares centrais para o seu desenvolvimento:

1- Modelo de Gestão. Trata-se da forma como uma empresa é gerida, planejada e controlada. Muitas vezes, o modelo de gestão de uma organização tem origem nas características pessoais de seu fundador, país de origem ou região de atuação. Tais influências interferem de forma direta na maneira como as decisões são tomadas diariamente, impondo princípios, regras e modelos de comportamento a serem seguidos. Diferentes organizações têm distintos modelos de gestão, já que, em última instância, irão ditar a forma como os negócios são conduzidos.

2- Processos. Da mesma maneira que o faturamento de uma mercadoria tem um procedimento a ser seguido desde a conferência do pedido, separação mercadoria, até a emissão de nota fiscal, a gestão estratégica de uma empresa também tem os seus processos definidos. 
 
As empresas têm que realizar os seus planejamentos estratégicos, elaborar os orçamentos como um desdobramento de suas metas, realizar fechamentos contábeis para acompanhar as informações, apurar custos contábeis e gerenciais, entre outras atividades fundamentais para a gestão estratégica de uma organização. Todas esses procedimentos, desde o mais comum fechamento contábil até a geração de um relatório mensal no formato solicitado pelo presidente, envolvem processos que em última instância estão inseridos no conceito de gestão do conhecimento empresarial.

3- Tecnologia. Em virtude da alta complexidade dos negócios, dos modelos de gestão e da necessidade de agilidade nos processos, um eficiente sistema de informação gerencial só se torna realidade com a utilização da tecnologia para conseguir agregar todos os processos e as fontes de dados, de modo a conseguir em tempo hábil gerar as informações necessárias para a gestão de uma empresa. 
 
Além disso, a geração de um modelo estruturado que garanta o desdobramento do planejamento estabelecido pela alta direção em diversos outros planos para as áreas de execução, de forma coordenada e consistente, só é possível através do uso de sistemas que garantam uma relação de causa e efeito e que permitam a realização de acompanhamentos periódicos, visando garantir que os objetivos sejam atingidos. Dessa forma, é fundamental a ampla utilização da tecnologia para tornar realidade os modelos de gestão e tornar os processos viáveis.

Em teoria, as empresas não dependem da tecnologia para colocar em prática os seus modelos de gestão, mas a complexidade das organizações e a agilidade exigida em um mercado de atuação global praticamente a impõem como um componente fundamental para a concretização de planejamentos e projetos. 
 
Isso faz com que os softwares de EPM sejam uma das grandes demandas de investimento em tecnologia pelas empresas no mundo inteiro e que sejam considerados como fator fundamental para constituição de organizações eficientes e preparadas para enfrentar os desafios que surgem em razão de uma concorrência em nível global.

Louremir Jeronimo é doutor em administração de empresas, professor convidado da Fundação Getúlio Vargas e gerente de soluções EPM da Unione 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Empresa flexível? Saiba o que fazer para que os profissionais não abusem

Para especialista, se a empresa oferece algumas vantagens como home-office, com certeza ela cobrará muito mais pelo resultado
 
Infomoney
 
 
Foi-se o tempo em que as empresas eram rígidas ao extremo e exigiam que os profissionais entrassem e saíssem no horário previsto, que fizessem apenas uma hora de almoço, que entregassem atestado de saúde sempre que fossem ao médico, entre outros.

Atualmente, as empresas estão mais flexíveis e permitem que a pessoa trabalhe em casa, cumpra o horário que acredita que seja o melhor para aumentar a sua produtividade. Já outras vão além e disponibilizam em suas dependência aparelhos de ginástica, video-games e até mesmo redes para descanso.

“Estes novos conceitos surgiram com as empresas de internet, como Google”, explica o consultor da Leme Consultoria, Euclides Junior.

Mas, para ter esta flexibilidade, é necessário ter cuidado, já que muitos profissionais acabam extrapolando os limites e abusando das normas, comprometendo, assim, o desenvolvimento das atividades.

“Estas empresas são flexíveis, mas é preciso ter cuidado, para que as pessoas não achem que a empresa é filantrópica”, explica o consultor.

Cobrança

Se a empresa facilita por um lado, ela cobra muito mais pelo outro. Ou seja, estas empresas cobram prazos e principalmente resultados dos profissionais. Segundo Junior, nestas organizações, o gestor quer que sua equipe alcance a meta estabelecida. “A empresa está preocupada com resultado, se o profissional não alcança o resultado, ele está fora".

O consultor acrescenta que quem acredita que a vaga ocupada por ele anteriormente demore muito para ser preenchida está enganado. "Estas empresas, quando abrem processo seletivo, recebem milhares de currículos. Quem está fora quer entrar e quem está dentro não quer sair”.

Conversa direta

Para que o gestor não tenha problemas relacionados à flexibilidade prevista pela empresa, a gerente de Recursos Humanos da Personal Service, Michele Pinho, acredita que o caminho é por meio da conversa. “É tudo uma questão de combinar as regras do jogo”.

Mas para isso é necessário que o líder confie em seu colaborador e que o profissional mostre maturidade para lidar com isso. Michele afirma que muitas empresas deixam o funcionário trabalhar em casa quando estão em um processo de criação. Entretanto, a pessoa ao retornar ao trabalho deve apresentar a atividade que ela desenvolveu. “Isso quando funciona é muito saudável, todos saem ganhando. Mas se não tem maturidade, vale a pena segurar e não implantar um modelo flexível”.

Por fim, ela explica que algumas pessoas preferem seguir regras mais rígidas. Nesta caso, novamente a dica é conversar com o colaborador e entender qual é a melhor maneira de realizar o trabalho.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

13 dicas infalíveis para conquistar o emprego dos sonhos.

É necessário se organizar para conseguir aproveitar o mercado de trabalho
 

Perder o emprego ou se sacrificar por um que não atende suas expectativas é algo frustrante, que acaba tendo impactos que vão além da vida profissional. Mas é preciso coragem para fazer mudanças, principalmente numa época de crise e muitas demissões.

1. Organize sua rotina
Procurar trabalho é um trabalho. Organize seu tempo e seu dia-a-dia. Estabeleça um expediente diário como se você já estivesse trabalhando: 44 horas semanais. Divida seu tempo para cada atividade: contatos, entrevistas, preparação de currículos e cartas, correspondências. Estabeleça prazos e metas. Dessa forma você amplia suas chances de sucesso no processo.

2. Planeje suas despesas
Saiba quanto tempo você tem para manter suas despesas com seus atuais recursos. Se acreditar que é necessário esticar seus recursos, revise seus gastos, busque alternativas para eles e encare a possibilidade de outras fontes de renda durante o período em que estiver buscando um emprego.

3. Cuide de sua saúde
Saúde física e mental é indispensável para o processo. Fatores como o estresse, que podem atrapalhar seu desempenho, podem ser combatidos com hábitos saudáveis como os exercícios físicos.

4. Prepare um bom um currículo
O currículo continua sendo a mais importante peça de marketing para quem procura emprego. Para ter um bom currículo, relembre tudo o que você já realizou em sua carreira e escreva sem julgar o que é importante e o que não é. Em seguida, eleja as mais importantes realizações, escreva uma boa frase para cada uma delas e apresente cada realização em seu currículo.

5. Cadastre seu currículo nos principais sites de emprego
A Internet é cada vez mais o local onde as empresas estão buscando candidatos na hora de contratar. Não deixe de colocar seu currículo nos principais sites de emprego.

6. Envie seu currículo para as empresas
Muitas empresas de seu interesse podem oferecer cadastro de currículos via web. Estas oferecem um espaço comumente chamado "Trabalhe Conosco". Ali você poderá enviar seu currículo eletronicamente.

7. Candidate-se a vagas
Além de ampliar suas chances de fazer entrevistas, seu contato contínuo com as vagas e oportunidades ajudam você a manter-se informado e em sintonia com os movimentos do mercado de trabalho. Retorne aos sites em que cadastrou seu currículo e candidate-se a vagas compatíveis com seu perfil, conhecimentos e habilidades.

8. Prepare-se para entrevistas
O conteúdo que você produziu para o currículo também será útil para as entrevistas ao responder a perguntas sobre suas realizações. Mas prepare-se também para questões difíceis como "quais seus pontos fracos?", "por que você saiu do emprego anterior?" ou "por que acredita ser o melhor candidato para trabalhar conosco?". Outra dica é estudar sobre a empresa antes da entrevista

9. Ative seu networking

O networking segue como o principal fator para a recolocação de um profissional. Retome contatos e solicite orientações aos seus contatos. Todo o conteúdo produzido anteriormente para compor seu currículo é igualmente útil para quando você for apresentar-se aos seus contatos e suas indicações.

10. Distribua adequadamente as informações sobre você
Esta tarefa envolve a distribuição de cartas de apresentação e currículos através de seu networking e de envios para empresas com perfil similar ao das suas experiências, além de cadastros em sites de empregos. Seja consistente, buscando empresas que tenham perfil mais próximo daquelas onde você já trabalhou.

11. Busque informações e atualização sobre sua área
Leia os livros mais recentes sobre sua área, assim como revistas, periódicos e artigos na Internet. Participe também de fóruns de debate, palestras e cursos. Toda informação sobre sua área de interesse é valiosa tanto para o seu próprio desenvolvimento quanto para a troca de informações que acontecerá durante o desenvolvimento de seu networking.

12. Demonstre energia, otimismo e foco em resultados durante o processo.
Tanto os entrevistadores quanto as pessoas de seu networking que poderão indicar você às oportunidades precisam da tranqüilidade que só uma pessoa positiva e comprometida com resultados pode oferecer. Transmita corretamente esta positividade às pessoas e todas elas se lembrarão de você como alguém que indicariam ou contratariam.

13. Em época de crise, seja mais flexível ao negociar sua remuneração.
Em caso de longos períodos desempregado, seja flexível na hora da negociação. Caso a empresa ofereça remuneração abaixo da pretendida, avalie em quanto tempo ela pode oferecer crescimento para você, incluindo promoções e aumentos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Motivação: receita do sucesso das corporações?

Especialistas explicam como a motivação pode impulsionar ótimos resultados nas grandes empresas

Por Isabela Pimentel
 
 
A afirmação de que o colaborador motivado produz mais e melhor já é lugar-comum no mundo corporativo. Mas, o desenvolvimento dos setores de comunicação interna e recursos humanos mudaram este panorama e "motivar" se tornou um trabalho conjunto e que precisa, antes de tudo, ser bem planejado e estar alinhado ao posicionamento e estratégia da corporação.

Para o coach Sandro Pereira, a motivação deve ser encarada como um processo endógeno, que vem de dentro para fora, sendo que, cada pessoa é suscetível a diferentes tipos de estímulo. "Um bom começo para promover a comunicação interna é conhecer seu público alvo e suas necessidades", explica.

Pereira destaca que a convivência de três tipos de geração dentro das empresas merece cuidado e atenção:

"Estar atento a essas questões pode produzir excelentes resultados. Por exemplo, o RH pode separar a cesta de benefícios de acordo com as necessidades de cada geração, promovendo assim, uma maior motivação aos colaboradores", afirma.

Mariela Fontanele, diretora de recursos da Elumini, explica que uma política motivacional só será bem sucedida na empresa se houver forte interação entre as ações de comunicação interna e dos recursos humanos, que, por sua vez, devem estar alinhadas às expectativas dos profissionais, para resultarem em motivação.

"Sabemos que a motivação é a reunião de alguns fatores relevantes como plano de carreira, qualidade de vida, ambiente de trabalho, liderança inspiradora, remuneração. Fazemos o planejamento anual das áreas baseado no resultado coletado das pesquisa", conta.

Pílulas de motivação

Para Jô Furlan, médico e autor do Programa de Desenvolvimento de Liderança Comportamental, mensagens e conteúdos estimulantes podem ajudar os colaboradores a agir de forma positiva, mesmo em momentos difíceis. São as chamadas "pílulas de motivação". Furlan afirma que as relações interpessoais também são fundamentais:

"Sabemos que podemos estimular as pessoas a acessarem certos "estados internos emocionais e cognitivos" que realmente permitam ver e lidar com as situações do dia-a-dia de forma diferente, construtiva, proativa e bem humorada", acrescenta.

Para empreender processos que estimulem a motivação, a figura do gestor revela-se de grande importância, especialmente, em grandes equipes, ressalta Furlan.

O endomarketing tem sido a forma encontrada pelas empresas para dar valor e visibilidade à informação e para alicerçar o papel do RH como o primeiro e o mais importante caminho de repasse das informações, como apresenta Glauco Cavalcanti, professor da FGV e autor do livro Empreendedorismo – Decolando para o Futuro escrito com Marcia Tolotti.

Liderança: ferramenta de sucesso

Cavalcanti destaca que todas as ferramentas de endomarketing devem integrar o colaborador no universo da organização e criar nele o sentimento de pertencimento, além, é claro, de capacitá-lo para ser um advogado da marca:

"O primeiro cliente é o cliente interno e por isso, é importante que ele conheça e compre a empresa, seus produtos e processos, afinal uma marca forte é construída de dentro para fora", afirma.

Além de uma boa comunicação e foco nas informações relevantes para os públicos internos prioritários, outro elemento é fundamental no processo de gestão da motivação dos colaboradores: a figura de um chefe que seja também um líder. Estando à frente das equipes, o líder tem papel quase simbólico, gerando identificação com os colaboradores:

"O ingresso no novo milênio tem levado pessoas e organizações a refletir e a buscar o verdadeiro significado do papel que representam. Para as pessoas, amplia-se a necessidade não só de encontrar identificação com seu trabalho como também de se sentir parte integrante do ambiente a que pertence", ressalta.

Termômetro do desânimo

O aumento do número de equipes desmotivadas nas empresas brasileiras se relaciona à mudança na forma de encarar o mundo do trabalho. O professor da FGV conta que atualmente, o homem não aceita mais ser somente peça da engrenagem, mas quer entender o sentido do seu trabalho, participar dos processos decisórios, lucros e, acima de tudo, contribuir para um objetivo maior na corporação.

As empresas que não adotam nenhuma forma de valorização do colaborador e os gestores que ainda encaram as políticas de comunicação e as ações do RH como custos, devem estar atentas. Os primeiros sinais se manifestam no dia–a-dia das equipes e têm impactos não apenas nos projetos, como também no ambiente da empresa como um todo.

O fantasma do absenteísmo, ou seja, ausência no posto de trabalho, começa a se manifestar, aliado ao aumento do número de profissionais que adoecem com recorrência e à falta de compromisso com a entrega dos trabalhos, além do famoso "rádio corredor".

"O envolvimento das pessoas com o trabalho que executam e a motivação para executá-lo estão diretamente proporcionais à habilidade da liderança em dar o norte e sentido às pessoas tornando-se um criador de orgulho, pois, sentir-se bem acerca das realizações do dia-a-dia e integrado no ambiente de trabalho são fontes de motivação que influencia os comportamentos", conclui.

Isabela Pimentel é jornalista, historiadora e mantém o blog Hoje em Pauta