sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nathan Adkisson: ‘Basta uma ou duas pessoas desistirem ou desanimarem para que o projeto fracasse.’

Parte 1/1 da série Conselhos para os planners do futuro 2011

Eu pensava que o sucesso fosse um desafio intelectual. Que as pessoas mais inteligentes é que chegariam ao topo. Pensava que por ler o máximo de livros e blogs eu seria um deles. Mas eu estava errado. 
 
O sucesso é um desafio emocional. Você, e todo mundo no setor, não passa grande parte do seu dia exercendo trabalho físico. Seu desafio não é tirar o máximo de sujeira ou apertar o máximo de parafusos que puder. Em vez disso, você está exercendo trabalho emocional. Seu desafio é oferecer a liderança emocional que vai permitir uma equipe de gente diversa a transformar potencial em realidade. Se você não consegue fazer isso, não importa o quanto você conhece de fatos, ninguém vai ouvir as suas opiniões.

Aqui estão duas das coisas mais importantes que aprendi até hoje (há muito mais por vir):

Seja otimista

Como planejador, você é um líder. E não existe líder pessimista. Ninguém segue a negatividade.

É muito fácil ser crítico: criticar clientes, criticar ideias criativas, criticar colegas de trabalho. Não faltam pessoas que reclamam e se frustram. Mas há muito pouca gente capaz de sorrir, enfatizar e melhorar a situação.

É impressionante o quanto uma reunião pode mudar de rumo em função das atitudes das pessoas presentes. Basta uma ou duas pessoas desistirem ou desanimarem para que o projeto fracasse. Seja um dos lutadores ativos para evitar que isso aconteça. Geralmente, é questão de formular bem o que diz. Nunca diga: ‘Isso está errado porque… ‘. Ao invés, diga: ‘Está claro que isso é difícil, sei que é uma solução imperfeita, mas vai dar tudo certo. Aqui está uma forma de melhorar um pouco as coisas.’

Em apresentações, grupos de foco e brainstorms, seja a pessoa com o sorriso. O maior elogio que você pode receber é ‘quero esse cara na sala para essa conversa’. Ninguém jamais dirá isso sobre a pessoa de mau humor.

Cometa erros

Coloque-se em situações desconfortáveis. Você vai trabalhar com pessoas que tem décadas de experiência a mais do que você, e muitas vezes você não entenderá porque elas tomam determinadas decisões. Tenha coragem de desafiá-las (educadamente). Se você tiver uma idéia, diga a todos. Apenas duas coisas poderão acontecer:

1) Você estará errado e aprenderá as razões. Isso é algo bom.
2) Você estará certo, e todo mundo na sala apreciará o valor que você trouxe, o que também é bom.

As agências tem medo de legados disfuncionais que podem ter existido por gerações. Se você não desafia isso constantemente, se torna uma ferramenta dessa disfunção. Muitos dos seus colegas de trabalho seguirão o processo porque ‘é a maneira como sempre foi feito’. Alguns processos são ferramentas eficazes e algumas estão quebradas. Está nas suas mãos encontrar qual é qual.

Pegue um caderno e complete essas duas frases antes de ir pra casa todos os dias. Não leva mais do que 60 segundos;
Hoje, experimentei…
Como resultado, aprendi…

Se você não reflete sobre o que aprendeu, os dias se transformarão em meses e logo você vai esquecer porque está se preocupando em ir a todas as reuniões e escrever todos os e-mails.

Não seja defensivo quando estiver errado. Desenvolva a capacidade de não se magoar. Em todo job, sempre peça feedback imediato e brutalmente honesto. O pequeno constrangimento não é nada perto da frustração de quando você percebe que cometeu o mesmo erro todo dia durante seis meses por ter sido arrogante (ou tímido) demais.

Lembre-se, as pessoas vão até você pela sua confiança, mas permanecem pela sua humildade.

Pra finalizar, você deveria ir pra casa depois de um dia de trabalho se sentindo da mesma maneira de quando sai da academia: cansado mas radiante por ter perseverado diante de algo difícil e por sentir que está melhorando e se tornando mais forte e mais inteligente.